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sexta-feira, 4 de maio de 2012

Viva o cinema!

Confesso que sou uma pessoa de sorte! Estou podendo produzir cinema de novo. Desta vez, fazendo direção de produção do filme " Farpa", do diretor Henrique Oliveira. Contemplado no edital de audiovisual do governo de Alagoas. 
Mas o mais interessante disso, é que mesmo em meio a todas as dificuldades de incentivo que sofremos, eu tenho conseguido trabalhar em vários projetos de longas e curtas e com pessoas incríveis do cinema nacional, e isso é um bom sinal. Um sinal de esperança...
O primeiro filme que produzi, foi " Lá vem Juvenal", documentário do diretor Hermano Figueiredo, sobre o maior jóquei do Brasil, um alagoano que chegou no Rio de Janeiro para lavar cavalos e menos de um ano depois, era campão brasileiro de turfe. Considerado o Garrincha do turfe, ele saiu do sertão, mas o sertão nunca saiu dele, e depois de 32 anos vivendo como celebridade no Rio de Janeiro, volta para Delmiro Gouveia, sertão de Alagoas, para ser simplesmente, Juvenal, um fazendeiro que ama a terra, cuidar do seu gado, tirar leite de vaca, e que em todos os momentos de sua vida,  sonhava em voltar pro seu sertão e viver em paz com a sua família, simples assim... E foi uma grande honra pra mim, poder fazer parte dessa história, além de ter conhecido o sertão e os cânios. 
O segundo, filme, foi " Um vestido para Lia", uma ficção infanto-juvenil, baseado no livro homônimo de Regina Barbosa, dirigido por ela, e  Hermano Figueiredo, e eu na direção executiva. Foi incrível, a experiência, principalmente pela sutileza do tema, e pela locação, o filme foi todo rodado na massagueira, ( maior polo gastronômico a céu aberto do Brasil) na beira da lagoa, e apesar da equipe ser pequena, todas as pessoas da equipe, eram incríveis.
A terceira experiência, caiu de pára-quedas na minha vida, como um presente, " Paraísos Artificiais" de Marcos Prado, que por acaso, estréia hoje em todo o país, foi o primeiro longa que tive o prazer de participar, em Alagoas, foram apenas 3 dias de filmagem, mas eu estava fazendo assistência na pré-produção também. E foi a primeira vez que eu estive dentro de uma super produção, com super profissionais, super logísticas, e observava cada detalhe, cada solução, aprendendo, aprendendo e aprendendo...
Meu quarto filme, foi um presente que ganhei do cineasta e para sempre amigo Murilo Salles, e nele pude entender o que acontece desde o primeiro momento, a primeira lida do roteiro, as primeiras sensações do filme para a equipe, dando todos os passos juntos, o engraçado do cinema, é que você pode nunca ter visto aquelas pessoas na vida, e por um projeto, se unem, como uma família, e no filme " O fim e os Meios", eu tive a honra de passar 3 meses exclusivamente produzindo cinema. E com pessoas que sinto e sempre sentirei falta de ter por perto. E nele, aprendi passo a passo, como funciona um longa-metragem. Inclusive, fiz até uma participação," no susto", em uma cena rsrs Murilo Salles, me avisou 1 hora antes, que eu teria uma fala na cena, e pediu que eu inventasse " a fala", ok, ok, era uma produtora dentro do estúdio, interpretei minha vida real, mas mesmo assim, confesso que tremia o tempo todo!
Agora, estou fazendo a direção de produção do filme " Farpa" uma adaptação de um dos livros da alagoana Arriete Vilela,  dirigido por Henrique Oliveira, um jovem cineasta alagoano, com uma vontade tão grande de realizar, que " chega "emociona,  e vou passar o mês de maio todo fazendo a pré, para filmarmos na primeira semana de junho, com isso, estou novamente, prestes a conhecer e trabalhar com pessoas incríveis, que só poderiam se unir no planeta para produzir cinema.
Viva o cinema nacional!

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